REPRODUÇÃO EM TUBARÕES
A reprodução dos tubarões
ocorre por fecundação interna, na qual o macho introduz o órgão reprodutor
masculino (clásper) no órgão copulador feminino (oviducto) da fêmea.
Clásper são dois órgãos
alongados e cônicos com o formato de duas pequenas nadadeiras que funcionam como
um auxiliador na cópula. As fêmeas atingem, em geral, a sua maturidade sexual
com maior tamanho do que os machos e normalmente procriam em anos alternados.
Os tubarões podem
reproduzir-se de três maneiras diferentes, podendo ser vivíparos, ovíparos e
ovovivíparos. Seja qual for o tipo de reprodução, as crias quando nascem
tornam-se, automaticamente, independentes da sua progenitora.
As espécies vivíparas representam cerca de 10% dos
tubarões e existe um desenvolvimento direto do embrião dentro do útero materno
com ligações placentárias e cordão umbilical. Quando as crias já estão
completamente desenvolvidas são libertadas para o exterior. Os tubarões
vivíparos têm no útero, uma ou mais placentas dentro das quais se desenvolvem
os filhotes. Os filhotes nascem já completamente formados, e rapidamente se
tornam independentes.
Ao contrário da maioria dos
mamíferos, e de alguns répteis (como certos crocodilos), a mãe-tubarão não toma
conta dos filhotes no fim destes nascerem. O tempo de gestação é bastante
longo, podendo atingir os dois anos. O número de crias varia bastante podendo
ir de um (tubarão tigre da areia) a cerca de trezentos (tubarão-baleia).
As espécies ovovivíparas representam cerca de 70 %
dos tubarões e não existe nem ovo nem placenta e cordão umbilical. Existe
apenas um desenvolvimento direto dos embriões dentro do útero materno através
de um saco vitelino. Quando os embriões atingem o tamanho ideal são libertados
para o exterior. Nas espécies ovovivíparas ocorre um fenômeno extremamente
curioso, a prática do canibalismo, dentro do útero materno. Por outras
palavras, os tubarões comem-se uns aos outros dentro da barriga da progenitora
com o objetivo de resistir sempre o mais forte e, apenas um sairá para o
exterior com o prêmio da vitória.
As espécies ovíparas representam cerca de 20 % dos
tubarões e produzem ovos retangulares, ou cápsulas, dentro dos quais se
desenvolvem as crias. Os ovos são protegidos por uma membrana filamentosa
acastanhada que ajudará a sua fixação nos substratos facilitando também a sua
libertação através da progenitora.
Há também o caso de dois
tubarões que puderam dar a luz a filhotes sem ter contato nenhum com algum
macho. Esse tipo de reprodução é chamado de partenogênese.
Cientistas consideraram a
hipótese dos animais terem estocado esperma, mas a explicação era pouco
provável de acordo com o tempo que as fêmeas ficaram longe dos tubarões machos.
Ao analisar o DNA dos filhotes, foi encontrado apenas material genético
materno, sem nenhuma contribuição genética paterna.
Cientistas afirmam que a
partenogênese em animais selvagens é rara, e provavelmente um último esforço para
se reproduzir, quando um companheiro não está presente. A partenogênese reduz a
diversidade genética, o que ajuda a construir defesas contra as ameaças à
espécie. Espécies que dependem exclusivamente dela estão em risco de extinção.
Na natureza, estes animais
sofrem pressão por pesca excessiva e muitas espécies estão sofrendo com a
drástica redução de população e se cada vez mais tubarões fêmeas recorrerem à
partenogênese por causa da dificuldade de encontrar parceiros, isto
provavelmente vai afetar as populações ainda mais, advertem os pesquisadores.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tubar%C3%A3o#Reprodu%C3%A7%C3%A3o
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