setembro 17, 2019

Reprodução de tubarões

REPRODUÇÃO EM TUBARÕES

A reprodução dos tubarões ocorre por fecundação interna, na qual o macho introduz o órgão reprodutor masculino (clásper) no órgão copulador feminino (oviducto) da fêmea.



Clásper são dois órgãos alongados e cônicos com o formato de duas pequenas nadadeiras que funcionam como um auxiliador na cópula. As fêmeas atingem, em geral, a sua maturidade sexual com maior tamanho do que os machos e normalmente procriam em anos alternados.

Os tubarões podem reproduzir-se de três maneiras diferentes, podendo ser vivíparos, ovíparos e ovovivíparos. Seja qual for o tipo de reprodução, as crias quando nascem tornam-se, automaticamente, independentes da sua progenitora.

As espécies vivíparas representam cerca de 10% dos tubarões e existe um desenvolvimento direto do embrião dentro do útero materno com ligações placentárias e cordão umbilical. Quando as crias já estão completamente desenvolvidas são libertadas para o exterior. Os tubarões vivíparos têm no útero, uma ou mais placentas dentro das quais se desenvolvem os filhotes. Os filhotes nascem já completamente formados, e rapidamente se tornam independentes.
Ao contrário da maioria dos mamíferos, e de alguns répteis (como certos crocodilos), a mãe-tubarão não toma conta dos filhotes no fim destes nascerem. O tempo de gestação é bastante longo, podendo atingir os dois anos. O número de crias varia bastante podendo ir de um (tubarão tigre da areia) a cerca de trezentos (tubarão-baleia).



As espécies ovovivíparas representam cerca de 70 % dos tubarões e não existe nem ovo nem placenta e cordão umbilical. Existe apenas um desenvolvimento direto dos embriões dentro do útero materno através de um saco vitelino. Quando os embriões atingem o tamanho ideal são libertados para o exterior. Nas espécies ovovivíparas ocorre um fenômeno extremamente curioso, a prática do canibalismo, dentro do útero materno. Por outras palavras, os tubarões comem-se uns aos outros dentro da barriga da progenitora com o objetivo de resistir sempre o mais forte e, apenas um sairá para o exterior com o prêmio da vitória.


As espécies ovíparas representam cerca de 20 % dos tubarões e produzem ovos retangulares, ou cápsulas, dentro dos quais se desenvolvem as crias. Os ovos são protegidos por uma membrana filamentosa acastanhada que ajudará a sua fixação nos substratos facilitando também a sua libertação através da progenitora.


Há também o caso de dois tubarões que puderam dar a luz a filhotes sem ter contato nenhum com algum macho. Esse tipo de reprodução é chamado de partenogênese.
Cientistas consideraram a hipótese dos animais terem estocado esperma, mas a explicação era pouco provável de acordo com o tempo que as fêmeas ficaram longe dos tubarões machos. Ao analisar o DNA dos filhotes, foi encontrado apenas material genético materno, sem nenhuma contribuição genética paterna.
Cientistas afirmam que a partenogênese em animais selvagens é rara, e provavelmente um último esforço para se reproduzir, quando um companheiro não está presente. A partenogênese reduz a diversidade genética, o que ajuda a construir defesas contra as ameaças à espécie. Espécies que dependem exclusivamente dela estão em risco de extinção.
Na natureza, estes animais sofrem pressão por pesca excessiva e muitas espécies estão sofrendo com a drástica redução de população e se cada vez mais tubarões fêmeas recorrerem à partenogênese por causa da dificuldade de encontrar parceiros, isto provavelmente vai afetar as populações ainda mais, advertem os pesquisadores.

Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tubar%C3%A3o#Reprodu%C3%A7%C3%A3o

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